Somos duas irmãs que sempre tiveram amor incondicional pelos livros. E esse amor só aumenta a cada dia ...

Pensando nisso, resolvemos externar esse verdadeiro fascínio através desse blog e dividí-lo com cada um(a) de vocês.

Acreditamos ter muito o que conversar...


Sejam todos (as) bem vindos (as).


31 de agosto de 2009

A Maré Rebelde - Alison McLeay

A história de uma mulher de espírito indomável,que não esmorece frente a tragédia e luta com todas as suas forcas contra as agruras do mundo em pleno século XIX. Rachel Dean é a protagonista que enfrenta as limitações e preconceitos contra o sexo feminino.

Um romance do século XIX, mas que bem poderia se passar nos dias de hoje. Nele, a heroina é um exemplo de coragem ao perseguir seus ideais e felicidade. Rachel Dean é a protagonista desta história de intensa emoções, diálogos fortes e com belas descrições, compondo um pano de fundo perfeito da sociedade da época. Mesmo quando era uma criança sem graça, Rachel já dava ares de rebeldia, preferindo catar ninhos de perdiz nos arbustos a brincar de boneca com as outras garotas de sua idade. Qual seria o destino mais provável dessa menina que vivia nos confins de uma ilha? Casar com um pescador e ter filhos. Essa perspectiva, porém, não estava nos planos de Rachel, que desafiava preconceitos e sonhava com a liberdade.

Quando Adam Gaunt apareceu em sua vida, ela teve certeza de que havia mais do que uma rotina doméstica a sua espera, bem longe dos limites daquele fim de mundo. Aquele homem aparentemente rude era a Natureza em si mesmo, representava o espírito de liberdade pelo qual Rachel tanto almejava. Ao mesmo tempo que a ensinava a cuidar de uma ave ferida, fazia-a observar o céu e entender as estrelas. E dizia coisas lindas, que faziam com que Rachel ficasse maravilhada, mas que somente anos mais tarde ela iria compreender: "O caçador e o arado, não há como ter os dois ao mesmo tempo, e toda tragédia está aí", afirmava Adam Gaunt, olhando na direção da constelação de Orion.

Para entender o significado daquelas palavras, Rachel teve que quebrar tabus, trilhar os caminhos espinhosos de uma sociedade preconceituosa e estigmatizante. Mas foi capaz de abandonar tudo para viver um grande amor. Passou fome, miséria, privações. O cansaço muitas vezes roubou-lhe a vitalidade da juventude. A maternidade deu-lhe amadurecimento. Mas Rachel jamais esmoreceu.

A partir das mudanças que ocorrem no interior da personagem, Alison McLeay constrói um romance envolvente e faz o leitor vibrar e sofrer como a alma de Rachel Dean. A autora faz um retrato encantador da Inglaterra do século XIX, com todas as suas mudanças sociais e econômicas. E une descrições minuciosas, elegantes e de uma beleza incrível de situações comuns de vida, a diálogos realistas, ora românticos, ora cruéis, que vão revelando a verdadeira trama da história: a busca da identidade, da verdade, da paixão do ser humano e do seu confronto com os grandes dilemas da vida. A maré rebelde é uma história de amor, de vida e principalmente de grandes ideais.

À Paty, pela amizade, confiança e empréstimo, mas acima de tudo por ser especial.

Depois do comentário da Lili no Blog Um livro no chá das cinco, coloquei na minha lista de futuras aquisições. E ao ver que a Paty estava lendo, perguntei se ela estava gostando e ela, gentilmente, me emprestou.

Esse, definitivamente, é um daqueles livros polêmicos. No comentário da Lili, já dá para sentir que algo bem ruim acontece e que a mocinha tem que dar a volta por cima.

Mas nem os meus maiores surtos de criatividade me preparou para o que acontece nesse livro. Calma, não é nenhuma agressão física, mas algo que me deixou bem possessa e com o sentimento bem ruim com o mocinho. Não lembro de ter lido nada parecido, podem acreditar foi surpreendente.

Adam é um caçador que aparece na vida de Rachel quando ela é ainda uma criança. Ela fica impressionada com ele e alguns anos se passam quando eles se reencontram.

Há vários vilões na estória que nos deixam boquiabertos diante de tanta maldade. Susannah e Frank são os piores. Susannah é a “amorosa” mãe de Rachel e por ela tive os piores sentimentos.

O livro é repleto de historia, fala da corrida do ouro e da colonização dos Estados Unidos. Não gosto muito de ler sobre esse período, pois acho a leitura bem cansativa, mas esse livro não me cansou. Tirando o mocinho que detestei, o livro é maravilhoso.

Só faço uma ressalva...O par romântico não combina.

Recomendo.


Esse livrinho merece uma rosa.


4 comentários:

  1. Que legaaaal! Adorei conhecer seu outro cantinho!

    Passarei sempre por aqui!

    Beijos!

    ResponderExcluir
  2. Oi!

    Obrigada de novo pelos elogios do meu blog. O seu tb está muito bacana, adorei essa proposta de duas irmãs escreverem sobre as leituras!
    Não sei se leria esse livro. Nunca arrisquei esse tipo de romance histórico... se algum dia tiver a chance, quem sabe?

    beijocas!

    ResponderExcluir
  3. Oi querida...

    Adorei conhecer... e achei super original a forma de classificar os livros...
    Sabe, fiquei curiosa para ler esse livro (as vezes, mesmo quando a crítica não é das melhores eu fico curiosa pra saber o que aconteceu e se minha opinião bate com a de quem leu...rss)...
    Acho que vou procurar para ler...

    beijos,
    Dé...

    Ah, estou seguindo e vou colocar um link lá no blog, ok??

    ResponderExcluir
  4. Finalmente consegui visitar vocês!!!
    Tá lindo o blog amigas! Qualquer coisa que precisar, é só me procurar ok?! Estou com mais tempo agora rsrs

    Então, vim aqui para conhecer o lindo blog e também oferecer a vocês um selinho! Está no meu blog, dá uma passadinha por lá!!!

    beijossss
    Lili

    ResponderExcluir